Desenvolvedores israelenses trabalham em aplicativos para rastrear a disseminação da COVID-19, enquanto o maior hospital do país faz progressos com a telemedicina para proteger a equipe.
Em Israel quase 10% dos trabalhadores empregados em alta tecnologia, a pandemia de coronavírus sofreu uma enxurrada de novas tecnologias projetadas para conter a transmissão. A organização sem fins lucrativos Start-Up Nation Central, compilou um diretório de cerca de 70 empresas israelenses de tecnologia que desenvolvem respostas ao novo vírus, que já infectou mais de 4.000 pessoas no país.
Um aplicativo que se destaca é o Hamagen, (o escudo em Hebraico), lançado no início deste mês pelo Ministério da Saúde. Está disponível para telefones Android no Google Play e iPhone na App Store.
Usando a tecnologia de geolocalização, o aplicativo informa os usuários sobre quaisquer pontos de contato com casos conhecidos da COVID-19. Disponível em cinco idiomas, o Hamagen foi baixado por mais de um milhão de usuários.
“O aplicativo é um meio tecnológico destinado a dar a todos e cada um de nós a capacidade de saber com precisão e imediatamente se estávamos em contato com uma pessoa infectada pelo coronavírus”, afirmou o Ministério da Saúde em comunicado quando o aplicativo foi instalado.
Anteriormente, o ministério havia publicado a história epidemiológica dos pacientes com COVID-19, listando todos os lugares em que estiveram contagiosos e aconselhando aqueles que estavam em qualquer um dos locais ao mesmo tempo a ficarem em quarentena por 14 dias. No entanto, como o número de casos diagnosticados a cada dia saltou para dezenas e depois para centenas, rapidamente se tornou impraticável para o público revisar todas as listagens.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa ofereceu suporte a uma startup israelense chamada Vocalis Health, que está desenvolvendo um aplicativo capaz de diagnosticar a COVID-19 com base no som da voz de alguém. “Estamos trabalhando o tempo todo”, disse Tal Wenderow, co-fundador da startup, à AFP.
Atualmente, estão sendo coletadas amostras de voz de portadores de vírus em vários estágios da doença e amostras de pessoas não infectadas, com o objetivo de desenvolver um algoritmo baseado em inteligência artificial para detectar a “impressão digital” vocal da COVID-19.
Os profissionais de saúde poderão alertar os usuários nos estágios iniciais da doença e usar o aplicativo para monitorar sua disseminação pela população. A resposta das pessoas dispostas a dar amostras de voz foi “esmagadora”, disse Wenderow. Além de ajudar a conter novas infecções, o aplicativo também pode permitir que os pacientes sejam monitorados em casa, acrescentou.
* Texto traduzido do site The Times Of Israel
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