Israel apresentou neste mês de dezembro a operação Bereshit 2, um projeto em que buscará enviar uma nave não tripulada à Lua no ano de 2024. Desta vez, o projeto busca renovar as perspectivas, colocando uma nova chance de nos fazer lembrar da nossa responsabilidade com a Terra, como afirmou o presidente israelense.

Bereshit é o nome da primeira sonda que o país tentou enviar à Lua, em abril de 2019. Desenvolvida pela SpaceIL, uma organização privada e sem nenhuma ligação governamental, pesava 585 kg e havia se tornado o grande orgulho de Israel. Entretanto, devido a uma falha em seu motor, a tentativa falhou e não foi possível pousar em segurança.

A missão havia custado cerca de US$ 100 milhões, o que é muito menos do que o custo de outras naves espaciais que já estiveram na Lua anteriormente. O equipamento não havia nenhum tipo de sofisticação e era projetado para sobreviver apenas alguns dias. Apesar disso, a missão por muito pouco não foi bem sucedida.

Desta vez, a Bereshit 2 incluirá outras três naves adjacentes e poderá transmitir as imagens da pousada em tempo real. Isso permitirá o acompanhamento de milhões de pessoas, com Israel se tornando o quarto país a conseguir o feito.

Tecnologia aliada na exploração do espaço

Israel vem buscando explorar o espaço a partir do desenvolvimento de tecnologias já há alguns anos. Em março de 2019, chamou a atenção do mundo uma foto “selfie” tirada por nave no espaço, onde a Terra aparece ao fundo da imagem, em uma distância de mais de 37 mil quilômetros. Na imagem, é possível ver a placa instalada na nave, com a bandeira de Israel e as inscrições “Am Yisrael Chai” (que significa “A nação de Israel vive”) e “Small Country, Big Dreams” (“Pequeno país, grandes sonhos”). Na imagem, podemos ver também a Austrália em meio ao azul da Terra.

Israel, como grande referência mundial no desenvolvimento tecnológico, “redefinirá os limites do que é possível”, conforme apontou o presidente israelense.