Pela primeira vez na história, Israel contará com seu próprio fornecimento de gás natural sem precisar de fornecedores externos. De acordo com o Ministro da Energia de Israel, a mudança será colocada em prática a partir do ano de 2022.
A indústria do petróleo passa por um momento difícil em todo o mundo. Apesar disso, a região do Oriente Médio segue sendo um forte polo produtor e, mesmo com a baixa, há novas descobertas que vem chamando atenção. Entre essas novas descobertas, o maior destaque está nas novas reservas de gás natural, que aumentam o potencial de exportação do país para a Europa e abrem novas oportunidades de negócios.
Atualmente, Israel opera dois grandes campos de gás natural no Mar Mediterrâneo: Tamar, que bombeia gás desde 2013, e Leviathan, que iniciou sua produção no ano passado. Uma terceira fonte de gás, o campo de Karish, deve começar a produzir gás durante o próximo ano. Nesse momento, conforme aponta o Ministro da Energia, não haverá necessidade de backups externos, como cumpre hoje o papel de suprimento de gás de emergência offshore em um barco da Unidade de Regaseificação de Armazenamento Flutuante (FSRU), na costa de Hadera.
Essas últimas descobertas colocam o país em posição de ser considerado uma potência regional na produção do gás, ao lado de outros países também potências, como Grécia e Chipre, e tem potencial de redesenhar a economia e a geopolítica regionais.
Após as últimas descobertas, movimentos de cooperação entre países da região começaram, e já está de pé uma negociação para construção de gasodutos que ligam os campos israelenses a mercados consumidores europeus, atravessando as áreas grega, cipriota e italiana. Através dessa relação de cooperação entre esses países e as empresas de energia envolvidas, haveria diversos benefícios políticos e econômicos para os países envolvidos.
O destino, entretanto, ainda está em negociação. Tanto em relação a quais países e quais mercados serão ofertadas as reservas, tanto em relação à própria extração, que, conforme apontam especialistas, está em águas profundas de regiões instáveis e de difícil acesso. O acesso a essas reservas deve, portanto, ser feito através de um plano que leve em consideração o respeito ao meio ambiente e, nesse sentido, ainda há alguns estudos a serem feitos até que se trace um plano concreto de utilização do rico produto.
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