Israel em referência mundial quando o assunto é alta tecnologia. Mas o que esperar de um país que dobrou sua população em 30 anos, aumentou seu PIB em 400%, suas reservas em moeda estrangeira em 3% e, ao mesmo tempo, reduzir a dívida pública em 76%?  A necessidade fez com que Israel emergisse e investisse em inovação.

A partir do início dos anos 50, Israel assumiu o compromisso de desenvolver tecnologias ambientalmente corretas para lidar com seus escassos recursos energéticos e com a disponibilidade limitada de água. Hoje em dia, pelo menos 90% das residências israelenses usam energia solar para aquecer a água. A preocupação com esse recurso transformou Israel no país que mais investe no tratamento e reciclagem de água, o que influenciou na criação de tecnologias inovadoras, como a irrigação por gotejamento, técnica que transforma desertos em terras cultiváveis e dessalinização da água salgada. 

Existem dois fatores contribuem para o sucesso do setor no país: os esforços de pesquisa e de desenvolvimento e a capacidade de atrair investimento externo, além do espírito empreendedor incorporado ao sistema educacional que possibilitam suas startups a inovar como um mecanismo de sobrevivência.

Algumas características importantes formam o ecossistema de Israel, entre elas a grande presença de startups, com uma para cada 400 pessoas, ter o maior número de funcionários atuando em P&D e de profissionais no segmento de alta tecnologia e sendo líder na produção mundial de artigos científicos. O país ainda é número 1  entre 148 economias com habilidades em inovação e número 2 em empreendedorismo, o primeiro entre as 60 principais economias do mundo em termos de habilidades tecnológicas e científicas, o número 4 em capacidade de atração de investimentos estrangeiros e número 5 em número de patentes per capita.

A magnitude desse país é a junção do comportamento do setor privado, a um forte investimento governamental em P&D e um ambiente macroeconômico inclinado ao desenvolvimento científico, tecnológico e intelectual.